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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

CARNAVAL, A FESTA MAIS POPULAR DO BRASIL, AINDA TEM MOTIVOS DE ALEGRIA.

Das poucas coisas que vi, posso concluir que o Carnaval é uma festa bem à moda brasileira, ou seja, bem eclética. Não existe um padrão para se comemorar essa antiga festa popular presente no país desde o final do século XVIII.

Em 1890, Chiquinha Gonzaga criou a primeira música de Carnaval “O Abre Alas”, música que por sinal tenho uma e norme afeição, uma vez que ao participar do coral da escola Viverart , nosso grupo fazia apresentações sob a regência das professoras Adriana Dutra e Nicole.

Com a influência dos portugueses, antigamente, as pessoas participavam dos bailes vestidos com fantasias, inspiradas nos bailes parisienses, sem dúvida esbanjando exuberância.

Atualmente com a evolução dos desfiles, a tradição virou concurso, onde vence as melhores escolas em diversos estados brasileiros.

Nas cidades interioranas é comum o desfile de bandas e blocos. O que percebo é que cada cidade exibe o melhor que possui e algumas escolas de samba apresentam alegorias mais sofisticadas, outras, mais simples. Contudo, é perceptível nos olhos de quem se apresenta, uma enorme alegria, um brilho no olhar de felicidade nas crianças, nos jovens, adultos e idosos. Aí eu me pergunto: seria assim o Carnaval tão maléfico?

Hoje penso que não, uma vez que para quem prestigia essa festa tão deslumbrante, torna-se um motivo a mais para viver feliz. Eis alguns pontos que observei:

- O Carnaval atinge todas as classes sociais, alguns pagam mais pela sua folia, outros menos.

- A expressão artística e musical é explorada em quase todos os sentidos.

- Milhares de jovens participam das bandas, o que se serve de motivação para que muitos deles ingressem na música, deixando de lado a criminalidade. Isso é fato, pois vi muitos jovens que mudaram de vida ao participarem de uma escola de samba.

- Muitas senhoras e senhores idosos se apresentam com muita energia e animação enquanto muitos jovens já perderam o pique há um bom tempo.

- As pessoas que participam do bloco criam um círculo de amizade interessante.

- Em quase todas as cidades existem diversas opções aos foliões, que poderá escolher entre as marchinhas, axé e fanque, ou quem sabe simplesmente ficar em casa.

É muito comum ouvir críticas diversas sobre essa festa, principalmente em se tratar de comportamentos exagerados com relação a bebida, drogas e sexo. Mas seria mesmo o Carnaval o responsável por isso? Penso que quem extravasa no Carnaval, é porque de fato extravasa sempre, em qualquer feriado que ocorrer.

No baile de marchinha que estive nesse ano em um clube tradicional da minha cidade natal, percebi um clima muito bom, pessoas respeitadas, sem escândalos, sem exageros. O que mais me marcou, foi a presença de um casal de idosos, que estavam fantasiados, felizes e muito animados, ao olhar naquele senhor com roupa de palhaço, a minha vontade era de abraçá-lo, como quem abraça uma criança que brinca no parque. Porém, já no espaço aberto reservado ao trio elétrico observei uma liberdade mais acentuada de expressões de danças e comportamentos diversos, o que de fato não me agradou. Cada pessoa se identifica de uma forma, e feliz daquele que encontra o seu território.

Gostaria de ter a oportunidade de passar um carnaval em algum trio elétrico baiano, porém o custo é mais alto e ainda corro o risco de não gostar. Sendo assim, exploro os lugares que posso ir, até enfim encontrar algo que eu me identifique melhor. As cidades mineiras, por exemplo, podem ser uma boa opção. Mas se eu não quiser dançar, em qualquer cantinho estarei bem, até mesmo em casa em pleno domingo à noite lendo um livro interminável.

Mas o melhor ainda é independente do lugar, estar ao lado de pessoas que gostamos muito, ou na linguagem mais conhecida, aquelas pessoas que curtimos de verdade. Assim meus queridos pode ter certeza que qualquer lugar irá ser uma festa baiana de primeira.

Quanto aos desfiles das grandes escolas de samba do Rio e São Paulo, estão cada vez melhores em se tratar da produção. Contudo, infelizmente nem tudo é belo, horas e outras surgem algumas cenas de violência para estragar o brilho da festa. Na minha opinião, as escolas que provocam violência deveriam pegar suspensão para o próximo desfile.

Algumas pessoas como eu, por exemplo (há alguns anos), preferem aproveitar esse período para provarem de uma experiência espiritual, confinadas em retiros religiosos. Confesso que depois de tanto tempo sem participar, sinto falta desses encontros. Porém, em se tratar de religião quero explorar o melhor que há em Deus e aprofundar em conhecimentos novos.

O que posso concluir que o Carnaval não é uma festa ruim, é por sinal a festa mais popular, onde é possível expressar de diversas maneiras, a cultura, a arte, a alegria, assim como coisas mais prejudiciais a saúde, como excesso de bebidas, violência drogas e sexos. Contudo, pude perceber muito mais pessoas curtindo de forma agradável, penso que cabe a cada um permanecer naquilo que melhor represente seu papel, uma vez que as conseqüências serão inevitáveis.